Cerca de um décimo dos pastores afirmaram ter tido esses pensamentos com frequência.
Uma pesquisa recente conduzida pelo Instituto Hartford de Pesquisa Religiosa nos Estados Unidos destacou que, devido ao esgotamento provocado pela pandemia, muitos pastores consideraram abandonar seus ministérios.
O estudo, parte do projeto “Explorando o Impacto da Pandemia nas Congregações”, analisou dados do ano de 2020, marcado pelo início da pandemia de Covid-19. Os resultados mostraram que mais de quatro em cada 10 pastores entrevistados em 2023 ponderaram deixar suas congregações pelo menos uma vez, enquanto mais da metade pensou em abandonar o ministério.
Cerca de um décimo dos pastores afirmaram ter tido esses pensamentos com frequência. Scott Thumma, diretor do instituto e principal pesquisador do projeto, ressaltou que as elevadas taxas de ministros considerando abandonar seus cargos refletem o “trauma coletivo” vivenciado tanto por pastores quanto por membros desde 2020.
“Todos passaram pelo luto, trauma e mudança”, afirmou Thumma.
Muitos cristãos mencionaram a redução na frequência aos cultos, a diminuição nas taxas de voluntariado e a resistência dos membros a mudanças como fatores contribuintes.
Segundo a pesquisa, a frequência presencial nos cultos tem diminuído desde o início do século, sendo os jovens uma minoria. Com a ascensão da inovação na era pós-pandêmica, os cristãos demonstram menos disposição para mudanças.
Metade dos pastores entrevistados considerava abandonar completamente suas congregações e o ministério, enquanto a outra metade estava propensa a ponderar uma ou outra opção. A maioria dos líderes relatou conflitos em suas igrejas, sendo que aqueles que consideraram deixá-las destacaram desafios em níveis mais elevados, além de se sentirem menos próximos dos membros.
Os resultados, baseados em um estudo realizado em 2023 com aproximadamente 1.700 pastores de mais de 40 denominações, incluindo entidades protestantes, católicas e ortodoxas, indicam que os pastores que pensavam em abandonar completamente o ministério eram líderes de igrejas pequenas e trabalhavam sem uma equipe. Apesar das dificuldades, a pesquisa mostrou que a maioria aumentou várias práticas espirituais desde o início da pandemia.
