Vítima estava se servindo em balcão de buffet quando recebeu descarga elétrica; caso foi registrado no Rio
Uma atendente de supermercado morreu após pegar uma bandeja de metal e sofrer uma descarga elétrica em uma padaria na zona norte do Rio de Janeiro. A família de Nathália Ribeiro de Oliveira Luciano prestou depoimento na manhã de segunda-feira (22). O caso ocorreu na última quinta (18).
Segundo a polícia, o gerente e o proprietário da padaria do supermercado devem ser chamados à delegacia. A atendente foi sepultada no domingo (21), deixando marido e duas filhas.
Nathália era operadora de caixa e estava na hora do lanche. Ela foi a uma padaria e, ao pegar uma bandeja para se servir no buffet, a vítima recebeu uma descarga elétrica e, imediatamente e de acordo com testemunhas, caiu no chão e bateu a cabeça. Desacordada, o resgate foi chamado, mas não resistiu.
O laudo do Instituto Médico-Legal não foi concluído. Peritos e a Polícia Civil pediram exames complementares, pois é preciso saber se a morte de Nathália foi causada pelo choque elétrico ou pela queda.
Parentes acusam negligência e conserto em balcão
A família de Nathália afirma que a padaria, mesmo com a jovem caída no chão e desacordada, o local continuou funcionando normalmente e não foi prestado o devido socorro. O estabelecimento, ainda segundo os parentes, foi “modificado”.
Funcionários e outros clientes contaram à família que já passaram pela mesma situação no balcão do buffet, sendo atingidas por choque elétrico. De acordo com os parentes, o gerente da padaria chamou um eletricista para consertar o acessório antes da chegada da perícia. Com isso, os familiares acusam o local de negligência e de ter adulterado o flagrante.
A padaria divulgou uma nota dizendo que se “solidariza” com a família e que estava prestando apoio e suporte. Os parentes negam que o estabelecimento tenha feito contato. Uma funcionária, em contato com uma irmã de Nathália, afirmou em mensagem que viu o momento da descarga elétrica e que a causa do choque teria sido algum acessório de metal que a vítima estaria usando, como uma pulseira ou relógio.
Imagens de câmeras de monitoramento foram solicitadas pela polícia para dar andamento às investigações.