A doutrina do batismo no Espírito Santo é um ensinamento central na teologia pentecostal. Ela advoga que além do batismo nas águas, realizado pelas igrejas evangélicas em geral, também existe a possibilidade do crente receber uma espécie de “revestimento” adicional de poder, advindo daí a manifestação dos espirituais.
O pastor e teólogo Altair Germano abordou esse tema em um texto publicado por ele nas redes sociais, intitulado “O Batismo no Espírito Santo e a Vida Cristã Normal”, onde fez um breve resumo do que considera ser os fundamentos bíblicos dessa doutrina.
“O batismo no Espírito Santo fazia parte da experiência cristã normal na igreja no Novo Testamento”, afirma o pastor, dizendo que “no contexto da liderança espiritual, antes de iniciar o seu ministério, o próprio Jesus recebeu uma capacitação de poder do Espírito”.
Para isso, o pastor Germano citou passagens como Lucas 3.21-22; 4.1, 14-21 e Atos 10.37-38, a fim de sustentar a sua afirmação. Nessa última, por exemplo, a Bíblia diz exatamente o seguinte:
“Esta palavra, vós bem sabeis, veio por toda a Judéia, começando pela Galiléia, depois do batismo que João pregou; Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.”
Capacitação ministerial
Para o pastor Altair Germano, o batismo no Espírito Santo também é uma forma de capacitação ministerial, algo que, em seu entendimento, foi conferido a todos os apóstolos de Jesus, o que também deve ser seguido pelos ministros da atualidade.
“Os apóstolos foram orientados a aguardar o batismo no Espírito Santo (revestimento de poder) antes de iniciar o ministério de pregação, ensino e pastoreio (Lc 24.49; At 1.4-5, 8). Paulo foi cheio do Espírito Santo antes de iniciar o seu ministério (At 9.17; 13.9)”, escreve o líder assembleiano.
Em referência ao batismo espiritual, o teólogo diz que o apóstolo Lucas utilizou expressões diferentes para tratar do mesmo assunto, tais como “revestimento”, “enchimento”, “recebimento”, “derramamento” e “vinda sobre”.
O pastor conclui dizendo que essa experiência do batismo espiritual era a “regra” na Igreja Primitiva, sendo um indicativo do “padrão normal na vida de seus membros e líderes.”