Focos foram encontrados em barcos no Porto de Santo Antônio. Combate ao mosquito foi reforçado na ilha.
Os agentes de combate às endemias reforçaram o trabalho de prevenção ao Aedes aegypti , mosquito que transmite dengue, zyka e chikungunya, em Fernando de Noronha. Segundo o gerente de Vigilância em Saúde da Administração da Ilha, Guilherme Santos, os estudos indicam que o mosquito não se reproduz em água salgada, mas, na ilha, técnicos já identificaram reprodução em água salobra.
Essa reprodução foi identificada no Porto de Santo Antônio. No local é grande a quantidade de barcos, canoas e caiaques.
“Muitos barcos são colocados no porto com água salgada. Essas embarcações acumulam água da chuva. Com isso, a água fica salobra, e nós encontramos larvas do mosquito Aedes aegypti em muitos barcos”, falou Guilherme Santos.
Para combater o transmissor, os técnicos reforçaram o trabalho na região. Ele aplicam larvicida biológico em pó e também usam o pulverizador. No porto, foram encontrados muitos focos do mosquito.
“Nós encontramos focos com larvas em caiaques e outros barcos. O erro é não emborcar a embarcação. Vamos tratar e orientar os proprietários das embarcações para evitar esses focos”, falou o agente de endemia Vitor Cordeiro.
Mosquitos adultos também foram identificados. O técnico em manutenção de barcos Wellington Mendonça trabalha no porto e afirmou que faz a prevenção para evitar o mosquito.
Muitos pneus são usados para proteção das embarcações, as chamadas defensas, mas nem todo mundo colabora para evitar a propagação do Aedes aegypti .
“É uma realidade. São muitos pneus usados, e isso é um problema. Acredito que poderiam fazer furos para não acumular água. Acho que nós podemos nos reunir e planejar uma ação para controlar o mosquito, ao menos na área do porto”, disse Wellington.
As equipes da Vigilância em Saúde também visitam todos os bairros. Na região da Quixaba foram encontrados muitos focos nos quintais das residências. Os técnicos pedem a colaboração dos moradores de Fernando de Noronha.
“Nós queremos contar com a ajuda dos moradores. O cenário é propício para o Aedes aegypti . É preciso manter a limpeza dos quintais, evitar os entulhos e a água parada. O melhor remédio contra as arboviroses é a prevenção”, declarou o agente de endemia Samuel Oliveira.
Balanço
A Superintendência de Saúde da Administração de Fernando de Noronha informou, por meio de nota, que em 2024 já foram notificados oito casos prováveis de dengue.
“Em 2024, contabilizam-se, no total, oito casos prováveis de dengue e um caso provável de chikungunya. Encerrados, são três casos de dengue com confirmação clínico-epidemiologica e um com confirmação laboratorial. Quatro casos de dengue e um de chikungunya seguem em investigação”, informou a nota do governo local.