A música “Evangelho de Fariseus”, da cantora cristã Aymeê Rocha, conquistou o gosto de muitas pessoas e viralizou nas redes sociais, mas também dividiu opiniões no meio teológico quanto ao conteúdo da sua mensagem, considerado por alguns como parcialmente verdadeiro.
Conforme o GospelMais noticiou na terça-feira, um dos primeiros a tecer uma crítica à canção foi o professor, pastor e teólogo Tassos Lycurgo, que disse haver “mentiras perversas sobre a igreja” na letra da composição cantada por Aymeê Rocha.
O cantor e evangelista Marcos Sal da Terra, do ministério regional Sal da Terra, também fez algumas observações, destacando que apesar de algumas verdades, a canção generaliza o que seria a atuação da Igreja nos dias atuais, desconsiderando o “trigo” no meio do “joio”.
“Tem problemas”
Outro teólogo que também reagiu ao “Evangelho de Fariseus” da cantora Aymeê Rocha foi o pastor Ciro Sanches Zibordi, que publicou um texto fazendo observações semelhantes ao que Marcos Sal da Terra já havia feito.
Zibordi afasta a ideia implícita contida na letra da canção de que o mundo evangélico como um todo estaria contaminado por interesses comerciais e alheios à natureza e/ou à justiça social.
A música “tem verdades, admito. Mas também tem problemas”, diz ele. “O Evangelho farisaico existe, mas não devemos colocar tudo no mesmo bojo. Há também uma igreja vigorosa no Brasil (falo com conhecimento de causa), que ama a Palavra de Deus, bem como pratica a evangelização, o discipulado e ações sociais.”
“O reino virou negócio? Em muitos lugares, sim, porém nem todos foram cooptados pela teologia da prosperidade. O dízimo importa mais que os corações? Não, evidentemente. Mas contribuir para manutenção das comunidades cristãs é fundamental para sua subsistência. O que não devemos é fazer do dízimo um meio da graça”, observa o teólogo e escritor.
Zibordi conclui dizendo que a música de Aymeê Rocha é uma crítica ao “sistema” que agrada mais aos ouvidos de “celebridades e subcelebridades que rejeitam a luz do Evangelho”, por terem uma visão alinhada às ideologias do globalismo.