Método oferece vantagens, mas requer atenção entre os adeptos
O controle do peso corporal e a promoção da saúde vem ganhando diversas abordagens, ao longo do tempo. Entre as mais comuns, o jejum intermitente se destaca como solução eficaz para a melhoria da saúde metabólica. Segundo médicos especializados, o método que alterna períodos de jejum com momentos de alimentação, oferece uma série de vantagens, mas também requer atenção a certos cuidados.
De acordo com a Drª Nathália Ventura, médica especializada em nutrologia e endocrinologia, entre os principais benefícios do jejum intermitente estão, a perda de peso, melhora da saúde metabólica, simplificação do planejamento de refeições e redução da pressão arterial.
“Essa abordagem auxilia na queima de gordura e no controle da ingestão calórica. Estudos também apontam que o jejum intermitente aumenta a sensibilidade à insulina, reduz os níveis de colesterol e triglicerídeos, contribuindo para a melhora da saúde cardiovascular e metabólica. Há, inclusive, algumas evidências que sugerem que esta prática pode beneficiar a função cognitiva e a clareza mental”, explicou a médica.
Em recente estudo, pesquisadores da Universidade de Adelaide e do Instituto de Pesquisa em Saúde e Medicina do Sul da Austrália destacaram que o jejum intermitente pode ser mais eficaz na redução do risco de diabetes tipo 2, do que uma dieta convencional de restrição calórica. Participantes do estudo, que seguiram a metodologia, demonstraram maior sensibilidade à insulina e redução nos níveis de lipídios no sangue.
Ainda segundo a médica, tanto nos dias normais, quanto nos dias de jejum, é importante que os adeptos mantenham refeições nutritivas e equilibradas, garantindo a adequada ingestão de nutrientes como vitaminas e minerais. É importante entender também, que este procedimento não é o recomendado para todos, e que deve ser praticado sempre através do acompanhamento de um profissional habilitado.
“A mudança do peso é afetada mais pelo volume e quantidade de calorias das refeições, do que pela frequência e o intervalo entre elas. Por isso, é indispensável a avaliação médica, pois existem algumas contraindicações, como por exemplo, gestantes, lactantes, crianças, adolescentes, idosos, pacientes com diabetes tipo 1 e diabéticos que utilizam insulina como forma de tratamento. O método também não é adequado para pessoas com quadros de compulsão alimentar, pois a restrição pode aumentar a ansiedade, o que geralmente desencadeia as crises compulsivas”, disse.
Opções como incluir ovos, frutas, iogurte natural no café da manhã, ou até mesmo vitamina de frutas com adição de aveia e proteína em pó, além de evitar adição de açúcar ao café, são algumas sugestões práticas para facilitar a adesão ao jejum intermitente. Para esclarecer dúvidas e receber dicas sobre o assunto, a médica elaborou gratuitamente uma série de vídeos, através do Instagram @dranathaliaventura. Diariamente, perguntas são respondidas e instruções fornecidas às pessoas que buscam por tratamento.
Publicaçaõ: portalgiro