A Polícia Civil informou que cumpriu mandado de prisão temporária contra o homem pela 'participação indireta nas mortes de quatro pessoas'
O tesoureiro da Prefeitura de Baturité, Ramon Camurça, de 30 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira (11) por suspeita de envolvimento na chacina de Aracoiaba, que deixou quatro pessoas mortas no dia 17 de fevereiro. A informação foi confirmada pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS). Até o momento, dez adultos e um adolescente foram capturados.
A Polícia Civil informou que equipes do Departamento de Polícia Judiciária do Interior Norte (DPJI-Norte) e da Delegacia Municipal de Aracoiaba deram cumprimento a um "mandado de prisão temporária" contra o homem pela "participação indireta nas mortes de quatro pessoas". As investigações seguem em andamento com o objetivo de elucidar o caso.
Ramon Camurça também foi exonerado do cargo de tesoureiro municipal de Baturité. A exoneração foi assinada nesta segunda-feira pelo prefeito do município, Herberlh Mota. Segundo o gestor, também foi determinada a abertura de processo administrativo interno para apurar "eventual desvio de conduta do servidor".
"A administração da Prefeitura Municipal de Baturité tomou conhecimento da prisão do senhor Ramon Camurça, por motivos alheios à sua atuação como servidor municipal, mas diante da gravidade dos acontecimentos, foi determinada a sua imediata exoneração. [...] Estamos em contato com as autoridades policiais, bem como com o Ministério Público Estadual, visando auxiliar nos esclarecimentos dos fatos com a maior brevidade possível", diz nota da Prefeitura.
Chacina de Aracoiaba
O crime foi ordenado por uma facção criminosa que atua na região e motivado por represália, devido a uma tentativa de homicídio cometida em Baturité, dias antes, durante o período do Carnaval.
O alvo inicial do atentado escapou, mas ficou ferido na perna e na orelha. Esse homem teria participado da decisão de começar a chacina, e também já foi preso, na primeira fase da operação policial.
As investigações apontaram que, no dia da chacina, uma publicação em rede social do grupo de pessoas em confraternização no sítio em Aracoiaba acabou dando pistas para a ação dos criminosos.
A Chacina de Aracoiaba ocorreu em um sábado, dia 17 de fevereiro, e poderia ter sido ainda maior: outras quatro pessoas estavam no local - inclusive um secretário recém-empossado pelo Município - e correram ou se esconderam dos criminosos. Outro secretário do Município deixou a fazenda poucos minutos antes da matança.
publicação: diarodonordeste
