Criminosos estão foragidos; vítimas foram sepultadas nesta quarta-feira (19)
Ricardo dos Santos Ferreira (à esquerda) e Carlos Henrique Ferreira (à direita) foto: Reprodução
Rio – A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) identificou os dois suspeitos de roubarem uma moto na Avenida Novo Rio, no acesso à Linha Amarela, nesta terça-feira (19). Na ação, um policial militar tentou impedir o ato e um tiroteio teve início no local. Dois inocentes morreram baleados e uma pessoa ficou ferida.
Ricardo dos Santos Ferreira, vulgo ‘Diretor’ ou ‘BU’, e Carlos Henrique Ferreira de Brito, vulgo ‘Coroa’, já são considerados foragidos. Alexsandro de Andrade Venâncio, de 24 anos, acusado de participar do crime, ficou ferido e foi preso em flagrante. Outro criminoso acusado de participar do crime ainda não foi identificado.
Ao ser questionado sobre o crime, Alexsandro contou que estava na companhia de outros três criminosos conhecidos como MD, Coroa e Diretor. Um deles seria morador da comunidade do Arará, em Benfica, também na Zona Norte do Rio.
Segundo as investigações, os criminosos estavam em um automóvel e abordaram um casal que trafegava em uma motocicleta. Um policial militar presenciou a tentativa de roubo e reagiu, disparando contra um dos criminosos, que foi atingido. Ele foi socorrido a um hospital da região. O homem estava com uma pistola, que foi apreendida, junto com outra arma que estava com um comparsa e ficou no local.
Segundo a Polícia Civil, na fuga, os outros três criminosos efetuaram disparos contra o agente, inclusive de fuzil. Os tiros foram em direção a um ponto de ônibus, onde estava Deborah Vilas Boas Pires da Silva, ela foi atingida e não resistiu. José Carlos da Silva Miranda estava dentro de um ônibus, e também foi atingido, vindo a óbito.
Os agentes tentam localizar os criminosos e solicitam que qualquer informação do paradeiro dos autores seja fornecida diretamente à unidade ou por meio do Disque Denúncia, o anonimato é garantido.
Vítimas são sepultadas
Nesta quarta-feira (19), os corpos de Deborah Vilas Boas, 27 anos, e José Carlos da Silva Miranda, de 64 anos, foram sepultados. Amigos e familiares da mulher se reuniram no Cemitério Vertical Memorial Rio, em Cordovil, na Zona Norte. Enquanto os do montador de esquadrias de alumínio deram o último adeus no Cemitério de Bongaba, em Magé, na Baixada Fluminense.
A família de Deborah contou que a jovem tinha voltado da licença-maternidade há cerca de duas semanas, e que sua filha, de apenas sete meses, já chora ao sentir falta da mãe.
“Ela era uma mãe daquelas que vivia 24 horas com a filha, fazendo aniversário todo mês. Ela era alegria em pessoa, estava sempre sorrindo e tiraram essa alegria da gente. Ela tinha acabado de se formar, na empresa ela tinha uma carreira, já estava 10 anos lá, profissional muito dedicada e tudo isso foi embora. Ela não estava mais amamentando, mas a bebêzinha, apesar de ter apenas sete meses, já chora e olha como se tivesse procurando a mãe que estava sempre presente, porque tempo todo elas estavam juntas, e isso tudo foi por água abaixo”, lamentou.
Conhecido como Mirandão, familiares de José Carlos contaram que ele acordava de madrugada todos os dias para ir ao trabalho. O homem gostava de jogar futebol e foi assim que conquistou o carinho e a amizade de outras pessoas.
“Grande ser humano. Amigo de todos. Tive o prazer e o privilégio de jogar com ele e me ajudou muito no meu posicionamento dentro de campo. Descanse em paz, meu amigo Mirandão. Vai fazer muita falta meu ‘cumpade’, como você gostava de chamar seus amigos”, lamentou o amigo João Dias.
FONTE: rlagosnoticias
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