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quinta-feira, 13 de junho de 2024

Verme cabeça-de-martelo “imortal” surge no Brasil e preocupa os biólogos

Verme cabeça-de-martelo “imortal” surge no Brasil e preocupa os biólogos

 















O espécime é considerado perigoso pois libera uma substância tóxica. Além disso, é difícil exterminá-lo. Ele é comum na Ásia, mas está se espalhando pelo mundo e já chegou ao Brasil.


O animal, que tem a cabeça chata em formato de martelo, representa uma ameaça considerável em razão do seu poder destrutivo. Além de liberar uma substância tóxica, ele é difícil de ser combatido (por isso o apelido "imortal") pois tem a capacidade de se regenerar e se multiplicar ao ter o corpo cortado, por exemplo.


E foi feito um alerta sobre a sua presença: ele é originário do sudeste da Ásia, mas está se espalhando pelo mundo. Já pode ser encontrado nos Estados Unidos e em alguns países na Europa, e inclusive já chegou ao Brasil, deixando os biólogos preocupados.


O que se sabe sobre o verme

O verme, de formato achatado, é uma planária (um tipo de platelminto) da espécie Bipalium. Seu corpo varia entre 2,5 cm e 40 cm de comprimento. Sua alimentação é baseada em caracóis, lesmas, larvas de insetos e principalmente minhocas.


Ele chama a atenção pois tem a capacidade de se regenerar e se multiplicar ao ser dividido, dando origem a outros vermes. Ou seja, se você cortá-lo em dez pedaços, outros dez surgirão. Além disso, ele devora outros vermes, se alimenta de semelhantes e até de si próprio, se for preciso.


O verme cabeça-de-martelo, um platelminto originário da Ásia, chegou ao Brasil e traz preocupações devido ao seu potencial regenerativo e à toxina que libera.

O animal consegue se estabelecer facilmente em vários ambientes por ser hermafrodita e ser capaz de se reproduzir por divisão binária. Mas os locais que costumam ficar são ambientes de solo úmido, embaixo de folhas, pedras e em materiais em decomposição.


Eles produzem, junto ao muco que têm na superfície do corpo, uma toxina chamada tetrodoxina, que é encontrada também nos peixes baiacus e em polvos-de-anéis-azuis. Mas o animal não chega a representar perigo imediato para o ser humano. Contudo, com o contato, sua toxina ataca o sistema nervoso, provocando dormência, e pode ser fatal dependendo da dosagem.


Caso ocorra contato direto, deve-se evitar pôr as mãos nos olhos ou na boca, e observar o local pois pode ocorrer uma reação adversa ou alérgica na pele.


Em outubro do ano passado, um verme foi encontrado na Grande Belo Horizonte, em Minas Gerais, assustando os moradores. O animal pode ter sido levado para a cidade pelas fortes chuvas que caíram na região.


Já em dezembro do ano passado, outro foi avistado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, quando uma moradora o encontrou dentro do banheiro de sua casa. O fato causou pânico nas redes sociais. O biólogo brasileiro Fabiano Soares compartilhou em seu perfil no Instagram o vídeo do animal, que teve milhares de visualizações. Ele recomenda que se evite ter contato direto com o animal, mas caso necessário, o manipular com o auxílio de luvas.


E por que ele tem esse formato de cabeça?

O formato, que remete a duas pás, se deve ao ambiente em que o animal vive, e anos de evolução e de seleção natural, adquirindo esse formato. “Muito provavelmente essa característica achatada auxilia ele a sobreviver e a explorar novos ambientes. Então, ele é dessa forma por conta da natureza e da evolução”, disse Soares.


E “se esse formato anatômico conferir ao verme alguma característica adaptativa, naturalmente, ele será mantido", finalizou o biólogo.


Como erradicar esse verme?

Como já falamos então, não adianta cortá-lo ao meio pois ele irá se regenerar dando origem a novos animais; nem esmagá-lo. De acordo com Soares, a recomendação é recolher o verme em um recipiente, utilizando luvas para proteção, e jogar sal e vinagre.




Fonte: tempo



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