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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Prefeitura demite 20 funcionários da UPA da Cidade de Deus após morte na fila de atendimento

Prefeitura demite 20 funcionários da UPA da Cidade de Deus após morte na fila de atendimento


 



















DESCASO NO RIO


José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, morreu sentado em uma das cadeiras da unidade


José Mota da Silva deu morreu enquanto aguardava atendimento na UPA Cidade de Deus


RIO – A Prefeitura do Rio anunciou, nesta segunda-feira (16), a demissão de 20 funcionários que estavam de plantão na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus, na Zona Oeste, no dia da morte de José Augusto Mota da Silva, de 32 anos. O homem deu entrada na unidade com fortes dores e faleceu enquanto aguardava atendimento.


A informação foi confirmada ao Rlagos Notícias pelo secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz. O responsável pela pasta já havia comunicado a decisão nas redes sociais, no último sábado (14), destacando a gravidade do ocorrido.


“É inadmissível não perceberem a gravidade do caso. A demora no atendimento levou a um desfecho trágico”, escreveu Soranz, afirmando ainda que os profissionais serão submetidos a uma sindicância e denunciados aos respectivos conselhos de classe. Entre os demitidos estão médicos, enfermeiros e recepcionistas, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS).


De acordo com relatos, José Augusto da Silva deu entrada na UPA na noite da última sexta-feira (13) com fortes dores no corpo. Em vídeos que circulam nas redes sociais, é possível ver o homem desacordado sentado em uma cadeira da recepção. Outra gravação mostra o momento em que ele é colocado em uma maca já sem vida, sendo levado à Sala Vermelha, enquanto outros pacientes questionam funcionários sobre a situação.


“O homem chegou aqui gritando de dor, e só o atenderam depois que ele morreu. Isso é uma ruindade, uma ruindade, todos são culpados”, afirmou uma testemunha.


Na ala médica, foi constatada parada cardiorrespiratória. Em nota, a SMS informou que abriu sindicância e irá utilizar as imagens das câmeras e os registros médicos para “apurar o caso rigorosamente”.


Por outro lado, os profissionais envolvidos relataram que o paciente estava lúcido e entrou andando na unidade. “Ele chegou acompanhado de uma pessoa que informou não poder permanecer no local. Depois disso, tudo aconteceu muito rápido”, relataram os funcionários.


Os dados do sistema da unidade mostram que a classificação de risco foi realizada às 20h30, e, poucos minutos depois, foi acionada a equipe médica após o paciente ser encontrado desacordado.


O caso está sendo investigado pela 41ª DP (Tanque), que realiza diligências para esclarecer os fatos. Além disso, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) confirmou que apura a conduta dos profissionais envolvidos no atendimento.



Foto: Reprodução / Redes sociais

Fonte: Rlagos noticias



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